• MAUS – HISTÓRIA DE UM SOBREVIVENTE

    Maus (‘rato’, em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, narrada por ele próprio ao filho Art. O livro é considerado um clássico contemporâneo das histórias em quadrinhos. Foi publicado em duas partes, a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer de literatura.
    A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas – história, literatura, artes e psicologia. Em nova tradução, o livro é agora relançado com as duas partes reunidas num só volume.
    Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros. Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto.
    Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações. É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho. De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo dos quadrinhos e um relato histórico de valor inestimável.

  • A SOMBRA DAS TORRES AUSENTES

    Traumatizado pelo atentado de 11 de setembro e indignado com a política de Bush após a tragédia, Art Spiegelman volta aos quadrinhos para tentar entender e explicar o que se passava com os americanos. No dia anterior aos ataques, 10 de setembro de 2001, Spiegelman e a mulher, Françoise Mouly, matricularam a filha numa escola situada aos pés do World Trade Center. Quando viram na televisão a primeira torre ser atingida pelo avião, foram desesperados ao encontro de Nadja e conseguiram encontrá-la pouco antes que a torre norte desabasse, por trás deles. Em seguida correram para pegar o outro filho, Dashiell, na escola das Nações Unidas. Essa experiência angustiante está retratada em detalhes no livro.

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